A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e afastou gestores do ministério e do Ibama. Apura suspeita de corrupção, prevaricação e facilitação de contrabando de madeira. Isso é muito grave.
Salles está no centro da operação. Teve seus sigilos bancários e fiscais quebrados. Ele é o Bolsonaro de motosserra. Esperto, arrogante, agressivo, é letal para o meio ambiente do País e do mundo.
Destruiu o sistema de fiscalização, flexibilizando regras, demitindo servidores, perseguiu ambientalistas e entidades internacionais.
É o antiministro do meio ambiente. Amigo de garimpeiros e madeireiros ilegais, aliado do que há de mais atrasado no agronegócio.
Com uma gestão antiambiental marcada por negacionismo climático, grileiros protegidos, cortes orçamentários, desmatamentos, Salles não tem a mínima condição de representar o Brasil em negociações globais. O País, no governo Bolsonaro, está escanteado mundialmente, comprometendo nossa economia e crescimento sustentável.
Há uma infinidade de negócios que crescem sem a fiscalização ambiental. Grupos ilegais e empresas fantasmas avançam na obtenção de licenças ambientais. Esse esquema ganha valor alto no mercado. Facilidades no licenciamento valem milhões, chegando à casa dos bilhões. Depois, as licenças são oferecidas no mercado para outras empresas. É de corar a máfia.
O que mais esperar de um ministro do meio ambiente suspeito de facilitar a exportação ilegal de madeira do Brasil para os EUA e a Europa? Segundo a investigação, Salles nomeou servidores que atendiam aos interesses das exportadoras de cargas ilegais e exonerou os que sustentavam a lei.
Um escárnio. Mais uma vergonha para esse país que se desmancha numa crise sistêmica.